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terça-feira, 17 de maio de 2011

NÃO PARE DE PREGAR O EVANGELHO

Polícia chinesa fotografa tortura de cristãos



IGREJA PERSEGUIDA - As fotos desta matéria, que mostram cristãos chineses sendo interrogados e torturados, nos foram enviadas, junto com toda a documentação, por um dos nossos contatos, uma pessoa da mais absoluta confiança da VdM. Os nomes dos policiais e dos cristãos foram devidamente verificados. O fotógrafo, um “membro do partido”, garantiu aos policiais que as fotos seriam enviadas aos seus superiores como prova do seu “trabalho consciente e dedicado”, com a possibilidade até de uma “promoção”. Observe que a maior parte destes crentes está usando roupas de passeio. Eles foram torturados porque estavam reunidos para o culto fora da igreja estatal do MPTA. Os cristãos chineses que contrabandearam estas fotos nos explicaram que a tortura de cristãos na China é um fato corriqueiro. O fotógrafo está escondido e deverá permanecer assim por vários anos.
Era uma noite de maio de 2001. A irmã Ma e sua família dormiam tranqüilamente, quando a polícia da Segurança Pública invadiu a sua casa levando-a presa, juntamente com o filho e a nora. O neto de cinco anos ficou sozinho em casa, sem ninguém para cuidar dele. Uma vizinha, amiga e irmã em Cristo, de 27 anos, chamada Yu Zhongju, que foi ver o que estava acontecendo na casa, acabou também sendo presa.
Segundo os membros da igreja-domiciliar da irmã Ma e informações enviadas da prisão, dezenas de membros de várias igrejas foram aprisionados naquela mesma noite e espancados com cassetetes, agredidos com cassetetes elétricos e queimados com cigarros. Se desmaiavam, eram reanimados com baldes de água fria. Os interrogadores pisavam os dedos dos homens e tiravam as roupas das mulheres mais jovens e abusavam delas. “Eles deram choques com cassetetes elétricos no meu corpo inteiro”, disse a irmã Ma, tentando conter as lágrimas. “A intenção deles era nos humilhar”. Outros detalhes sobre a prisão de irmã Ma foram recebidos pelo repórter do New York Times, Nicholas Kristof, que, na edição de 26 de novembro de 2002, noticiou que a polícia de uma região remota da China havia prendido e interrogado uma mulher chamada Ma Yuqin, mas sem qualquer sucesso. Kristof escreveu: “Ela foi torturada com surras e choques elétricos, mas resistiu com bravura. Mesmo quando esteve perto de ser morta, ela não revelou os nomes dos membros da sua congregação nem assinou a declaração renunciando a fé cristã”. A tortura física foi quase insuportável, mas a tortura mental foi ainda pior. Ao mesmo tempo em que era submetida a todo aquele sofrimento, Ma Yuqin podia ouvir o seu filho sendo torturado na sala ao lado. Eles podiam ouvir os gritos um do outro.
Um incentivo extra para tentar fazê-la trair seus amigos e a sua fé. Ao lembrar-se destas coisas, Ma Yuqin começou a soluçar. “Ele queriam que eu ouvisse os gritos (do meu filho)”, disse ela. “Aquilo me dilacerava o coração”. Segundo fontes da VdM, a irmã Ma foi espancada quase até a morte no centro de detenção. O jornalista Kristof teve a oportunidade de verificar o que a VdM vem noticiando nos últimos trinta e seis anos: Este tipo de tratamento tem sido comum na China há mais de meio século. Cidadãos – cujo único crime é adorar a Deus – são queimados com cigarros, espancados com cassetetes e martirizados por causa de sua fé.
“Perseguição bom para a igreja”
Depois de ler inúmeras histórias como a da irmã Ma, alguém poderá começar a questionar se o cristianismo na China tem alguma perspectiva e oportunidade de sobrevivência. Esta pergunta estava claramente na mente de Kristof, quando ele escreveu: “Uma das ironias do cristianismo na China é que apesar da total liberdade que tiveram milhares de missionários de evangelizar na primeira metade do século vinte, foi insignificante a marca que deixaram. Hoje, porém, com os missionários estrangeiros banidos e a igreja subterrânea perseguida, o cristianismo na China está florescendo com dezenas de milhões de crentes”. De fato, em 1949, havia somente 834.000 protestantes chineses. Em 1982, esse número estava estimado em 35 milhões de cristãos. Em 1987, subiu para 50 milhões e, em 1991, para 63 milhões de protestantes e 12 milhões de católicos. Hoje, até a igreja oficialmente registrada no Movimento Patriótico da Tríplice Autonomia e no Conselho Cristão da China admite que o número de cristãos naquele país é de mais de 15 milhões. Mas para cada pessoa que congrega na igreja do MPTA, há pelo menos seis ou sete crentes que oferecem o culto a Deus em suas próprias casas ou nas “igrejas-domiciliares”. É difícil precisar quantos cristãos participam destas igrejas-domiciliares. Em 2000, um relatório extra-oficial dizia haver aproximadamente 80 milhões de crentes no movimento da igreja-domiciliar. Dá para ver claramente que a principal corrente do cristianismo protestante da China está no movimento da igreja-domiciliar. A maior concentração de cristãos é nas províncias de Henan na Região Central e Zhedjiang na Região Leste da China, ao sul de Xangai. Dez por cento em média da população destas províncias são cristãos. Nas aldeias, quase metade da população é de cristãos. Hoje o evangelho se espalha por todas as províncias por meio dos evangelistas itinerantes. Até entre as províncias menos alcançadas, como as províncias de Diangcsi e Hunan na Região Central da China e entre as de fronteiras como as de Heilongdjiang, Mongólia Interior, Ningcsia (Islâmica), Csindjiang, Qinghai, Yunnan, Guangcsi, etc., foram plantadas igrejas-domiciliares, e elas estão engajadas no evangelismo local. O crescimento do movimento cristão começou a acelerar a partir do massacre da Praça Tiananmen (da Paz Celestial), em 4 de junho de 1989. Na área de Nantchang, por exemplo, um jornal comunista noticiou que em certo município, chamado Tchincsien, havia vinte crentes em 1984, mas este número cresceu para seis mil em 1991. Por que o cristianismo cresceu tão rapidamente na China? Um dos pioneiros do atual movimento das igrejas-domiciliares, Pastor Samuel Lamb, passou 20 anos em vários presídios chineses por causa de suas atividades evangelísticas clandestinas. Ele explicou aos representantes da VdM que enquanto o governo tenta destruir a igreja não registrada intensificando os seus esforços para suprimi-la, o resultado é exatamente o contrário: A igreja continua a crescer rapidamente na medida em que o governo comunista intensifica a perseguição contra os cristãos. A perseguição é o combustível que alimenta as chamas do avivamento. “Antes de eu ser preso, a minha igreja tinha só 200 membros. A primeira vez que saí da cadeia, descobri que a igreja tinha crescido para 900 membros! Depois o governo veio e confiscou (livros e equipamento) a igreja. Antes do confisco, éramos 900 membros. Depois do confisco, a igreja cresceu para dois mil membros!” O velho pastor abriu um largo sorriso, piscou um olho, olhou nos olhos do nosso representante e exclamou: “Perseguição bom para igreja!”.
“A dor era tanta que eu comecei a gritar. Em seguida, ele pegou o pano que usava para lustrar os seus sapatos, enfiou na minha boca e o deixou lá por quase três horas”.
Lamb diz que a igreja chinesa cresce rapidamente, porque é perseguida. E ela é perseguida, porque os crentes chineses são firmes na defesa da sua fé. O texto áureo da apologética cristã é 1 Pedro 3.14b,15: “Não temam aquilo que eles temem, não fiquem amedrontados. Antes, santifiquem Cristo como Senhor em seu coração. Estejam sempre preparados para responder (apologeo) a qualquer pessoa que lhes pedir a razão da esperança que há em vocês. Contudo, façam isso com mansidão e respeito”. Pedro nos exorta a defender a fé, a santificar o Senhorio de Cristo, especialmente no contexto de perseguição e sofrimento, que já acontecia com freqüência no seu tempo. Pedro orienta os cristãos a não temerem nem se amedrontarem com intimidações, agressões, torturas ou até mesmo prisão. Foi esta atitude que tomaram os crentes da igreja-domiciliar chinesa. A resposta deles é uma demonstração do tema central da apologética cristã, tanto defensiva quanto ofensiva. Defensiva, por causa de sua disposição de sofrer e morrer por Jesus e de amar os seus torturadores. São atitudes que mostram a realidade do Senhorio de Cristo e o amor de Cristo por amor ao evangelho. Estas atitudes são também bastante ofensivas, porque, ao reconhecer Cristo como seu único Senhor, estes discípulos perseguidos de Jesus ofendem todo sistema de fé que crê de outra forma. Esta se tornou uma das razões mais importantes para a sua perseguição. Desde 1949, a história da igreja na China tem sido de perseguição e sofrimento. E precisamente por passar por diferentes estágios de sofrimento e perseguição, a igreja da China se transformou de uma tímida igreja institucional “de cores estrangeiras” numa igreja intrépida, nacional, não institucional, e mudou a sua característica de igreja dependente de missões para uma igreja missionária independente. É uma igreja que tem percorrido o caminho da cruz, seguindo os passos do seu Senhor: traição, julgamento, humilhação, abandono, sofrimento, morte, sepultamento, ressurreição e o dom do Espírito do Pentecoste. O perfil histórico da igreja sofredora na China de fato lembra o rosto do Servo do Senhor, que sofreu por ela.
O modelo tradicional do relacionamento igreja-estado na China é a supremacia do estado sobre a religião. Na China tradicional, o imperador detinha o mais alto poder. Hoje, este modelo de supremacia do estado e ortodoxia oficial persiste na China como estado socialista totalitário. Ou seja, não há uma separação entre igreja e estado como entendemos no ocidente. A igreja é obrigada a viver de acordo com as políticas religiosas do partido comunista chinês (PCC) e as ordenanças legais do estado. O estado tem a sua própria ortodoxia, que são o marxismo, o leninismo e o pensamento de Mao, que o partido busca propagar (depois do 15º Congresso do PCC, foi acrescentado o pensamento de Deng Xiaoping). Todas as demais ideologias e crenças são consideradas “heterodoxas” (que se afastam das crenças aceitas). As atividades religiosas realizadas fora do controle do estado não são apenas consideradas heterodoxas na ideologia, mas também “ilegais” e, portanto, passíveis de processo criminal, que é uma forma legalizada de perseguição. As igrejas-domiciliares que se recusam a se cadastrar com o estado e que, portanto, conduzem suas atividades fora do Movimento Patriótico da Tríplice Autonomia (esfera de controle), entram nesta categoria de “atividades religiosas ilegais”; e algumas das igrejas-domiciliares organizadas ativas na expansão evangelísticas são rotuladas de “grupos sectários” e os alvos preferidos dos ataques do estado (Nota do Editor: As organizações norte-americanas de filantropia não são obrigadas as se registrar. Elas só o fazem para desfrutar os benefícios de isenção de impostos).
O Lugar do MPTA
A constituição da China declara que os cidadãos chineses gozam de liberdade religiosa. Esta liberdade não inclui, porém, o direito de propagação fora dos locais estabelecidos para atividades religiosas, nem o direito de estabelecer igrejas de acordo com a convicção religiosa de cada um. Após o colapso da União Soviética e dos países comunistas do Leste Europeu, o partido comunista chinês deu início a uma política restrita de controle, implementando diversos sistemas em nome de “tornar a religião compatível com a sociedade socialista” (Diário Popular, 14 de março de 1996). Segundo o entendimento de um funcionário da Secretaria de Assuntos Religiosos (SAR), “compatível” significa que a religião é subordinada ao socialismo (Zong Djiao Gong Zuo Tong Csun, março de 1996, p.31). (A SAR é o órgão do governo encarregado de todas as organizações patrióticas religiosas, através das quais o partido comunista executa a sua política religiosa.) Significa dizer que algumas doutrinas e ensinos éticos religiosos devem ser usados na promoção da construção socialista depois de as religiões terem sido reformadas: Todos os elementos negativos são eliminados e toda religião está disposta a se colocar debaixo da direção do partido comunista chinês. Falando de maneira mais concreta, o resultado de tal compatibilidade com o socialismo é que somente determinados profissionais religiosos “patrióticos” (com certificados de pregador conferidos pelo partido comunista chinês) terão permissão para ensinar os ideais de amor e espírito sacrificial, em vez de pregar os ensinos da Bíblia sobre a Grande Comissão, a Redenção, os Últimos Dias e a guerra espiritual. O governo chinês acredita que a única esfera para a ação cristã protestante é o Movimento Patriótico da Tríplice Autonomia, uma das “organizações patrióticas”. O Movimento Reformista da Tríplice Autonomia foi estabelecido pelo Estado em 1950 e formalmente organizado como o Movimento Patriótico da Tríplice Autonomia em 1954 (MPTA). Sua função é ajudar o governo a implementar a política religiosa. O MPTA se reporta à Secretaria de Assuntos Religiosos, que aprova registros, indicação de funcionários pastorais, treinamento de líderes e vigilância financeira. Por exemplo, numa igreja do MPTA, quando o pastor ficou doente, a Secretaria de Assuntos Religiosos aprovou um não cristão, um ateu, para pregar no lugar dele. O pastor não pode voltar a pregar enquanto o seu substituto estiver pregando. Quando ele estiver bem e apto a pregar novamente, seu substituto deixa de pregar.
O Lugar das Igrejas Domiciliares
Igrejas-domiciliares que se desenvolveram através do evangelismo itinerante ou do crescimento espontâneo da igreja são consideradas ilegais e obrigadas a se registrar na SAR. Um dos requisitos para o registro é ter um líder pastoral aprovado pelo MPTA, que, por sua vez, precisa pegar a aprovação da SAR. Outros requisitos incluem um determinado número de membros, a organização de um conselho da igreja e uma razão convincente de que a igreja é necessária. Normalmente, quando uma igreja-domiciliar se registra na SAR, ela precisa se afiliar ao MPTA. Apesar da declaração de um funcionário da SAR de que a igreja não é obrigada a se filiar ao MPTA ao se registrar, não é o que realmente acontece. Se a igreja-domiciliar não se registrar na SAR nem se filiar ao MPTA, seus líderes são avisados das conseqüências. Se eles se recusam a obedecer, são proibidos de continuar realizando os seus cultos, seus líderes são presos e enviados para campos de trabalhos forçados ou, em alguns casos, são multadas. Em 1996 e 1997, vários líderes da igreja foram presos porque se recusaram a se registrar e filiar ao MPTA. O caso mais conhecido é de Csu Yongtsé, preso desde 16 de março de 1997, e sentenciado a 10 anos de prisão em outubro do ano passado. Outro caso, que não recebeu tanta publicidade, é o de Yan Defeng, líder de uma igreja-domiciliar no município de Heshui, Província de Gansu. Agentes da Secretaria de Segurança Pública molestaram Yan durante mais de quatro anos. Da primeira vez que foi preso, em junho de 1995, acorrentaram-no a um cano de aquecimento e o forçaram a revelar os nomes dos membros de sua igreja-domiciliar. Na tarde do Domingo de Páscoa de 1997, a polícia da SSP invadiu abruptamente a casa de Yan, quando ele e mais dezoito cristãos celebravam o culto. Os agentes da SSP confiscaram Bíblias, hinários e outros materiais cristãos e levaram quatorze crentes para a cadeia. Sete ficaram detidos por seis horas e depois foram liberados. Os outros cinco só foram liberados depois de pagar uma multa. O irmão de Yan, Dehui, ficou detido por quinze dias. Yan pegou 53 dias de detenção sem julgamento nem qualquer explicação.
Por Que as Igrejas-Domiciliares Não Querem Se Registrar Nem Se Filiar ao MPTA
A inimizade entre as igrejas-domiciliares e o MPTA está profundamente enraizada na história da igreja da China desde 1950. Durante a década de 50, os cristãos puderam testemunhar como o governo se utilizou do MPTA para destruir tanto a igreja institucional estabelecida pelas missões ocidentais como as igrejas nacionais fundadas pelos crentes chineses. Durante a reforma pastoral do Movimento Grande Salto Para o Futuro, os pastores que não se dobraram ao autoritarismo do estado foram aprisionados – alguns por décadas. Muitos foram presos durante este período graças à traição de pastores do MPTA. Atualmente, em muitos casos, pastores do MPTA agem como informantes do governo infiltrados nas igrejas-domiciliares, colaborando para a prisão de líderes e outros membros. Para as igrejas-domiciliares, portanto, o MPTA não passa de uma agência do governo. Os líderes das igrejas-domiciliares não aceitam o MPTA nem o CCC (Conselho Cristão da China) como representantes autênticos da igreja chinesa. Conseqüentemente, é difícil para eles se reconciliar com os seus traidores que continuam a traí-los.
Em segundo lugar, ao se registrar com o governo e se filiar ao MPTA, a igreja passa a ter as atividades limitadas ao culto de domingo. Até as reuniões de oração das quartas-feiras e as reuniões nos lares são proibidas. O pastor de igreja do MPTA é obrigado aplicar esta exigência ao seu próprio rebanho, o que, para um pastor evangélico, é uma coisa muito difícil. No coração, ele quer que sua igreja cresça e que as pessoas tenham os seus grupos de estudos bíblicos. Uma vez afiliado ao MPTA, ele perde a liberdade de pastorear o seu rebanho segundo a direção do Espírito Santo. Por isso, ele prefere correr o risco de ser preso a perder a liberdade espiritual.
Terceiro, depois que se registra e se filia ao MPTA, a igreja não pode mais evangelizar nem designar outros locais de culto fora dos seus limites físicos. Mas as igrejas-domiciliares estão comprometidas com o evangelismo e desenvolveram sistemas bem sofisticados de treinamento de evangelistas itinerantes e o se conseqüente envio às províncias fronteiriças e vizinhas aonde o evangelho ainda não foi pregado. Se elas se filiam ao MPTA, são obrigadas a desistir do evangelismo, que é a parte mais importante do seu cristianismo. Portanto, a questão que fica é: evangelizar ou não evangelizar? As leis da terra são claramente contra a expansão da igreja através do evangelismo. Os membros da igreja-domiciliar chinesa crêem que o seu dever é se esforçar pelo cumprimento da Grande Comissão. Na questão do evangelismo, portanto, eles preferem obedecer a Deus e não aos homens (Atos 5:29).
Finalmente, a razão mais importante por que as igrejas-domiciliares se recusam a se registrar e se filiar ao MPTA é a sua crença no Senhorio de Cristo sobre a igreja. “Quem é o cabeça da igreja: Cristo ou o estado?”, perguntam eles. Para MPTA o estado é a suprema autoridade nos assuntos da igreja. As igrejas-domiciliares estão determinadas a obedecer a Cristo, mesmo que esta obediência lhes traga sofrimento, porque eles preferem “trilhar na vereda cruz” a obedecer a um poder estatal ateu que procura impedi-los de servir a Cristo. Estes bravos crentes passaram a esperar perseguição, porque são discípulos de Cristo e não de Mao nem dos líderes do partido comunista chinês. Eles sabem que, assim como ao apóstolo Paulo, lhes “foi dado o privilégio de não apenas crer em Cristo, mas também de sofrer por ele” (Filipenses 1:29,30). Por que os nossos irmãos e irmãs chineses suportam tamanha agonia sem qualquer vislumbre de solução ou salvação física? Eles sabem que vão vencer no fim, como a anciã chinesa sobre quem noticiamos no ano passado, que todas as manhãs era obrigada a se perfilar do lado de fora da sua cela. Em vez de gritar com as demais prisioneiras, “Comunismo é bom!”, ela gritava: “Jesus é melhor!” E era, então, obrigada a fazer flexões de braço como castigo. Milhões de crentes chineses vitoriosos proclamam: “Jesus é melhor!”.
Nota do Editor VdM: A maior parte deste artigo foi extraída de duas palestras proferidas pelo analista da China, Bob Fu. Bob e sua esposa, Heidi, são os cristãos chineses que estiveram presos em Pequim por realizar estudos bíblicos à noite com estudantes universitários. Durante o dia, Bob ensinava inglês para altos funcionários do partido comunista. O casal vive agora com os filhos nos Estados Unidos. Bob é assessor da VdM para assuntos sobre a China e no primeiro semestre de 2004 estará como professor convidado na Universidade Wesleyana de Oklahoma dando aulas no programa de B.A. sobre missões e a igreja perseguida. Ele está concluindo o seu curso de doutorado (Ph.D.) no Seminário Teológico Westminster em Filadélfia

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