twitter Pr Anderson Defabio

domingo, 1 de dezembro de 2013

PRINCIPE SEMPRE TERA SEU LUGAR DE PRINCIPE



Esboço de Pregação - Os traumas de Mefibosete Texto chave - 2 Samuel 9:1-9

O que é trauma?
A palavra trauma é oriunda do vocábulo grego e mantém um significado de ferida. Já no contexto psicológico o trauma é considerado como uma interferência forte o suficiente para não permitir que uma ação original aconte
ça, tendo assim a capacidade de mudar o rumo, o direcionamento da vida de uma pessoa, de forma que esta pessoa seja afastada por forças externas de seu projeto de vida.

A história de Mefibosete
A Bíblia narra em II Samuel a história de um homem chamado Mefibosete, filho de Jonatas, filho de Saul, um príncipe, homem de descendência real que quando criança é acometido por um acidente e se torna aleijado (IISm 4: 1-4). Uma interferência forte começa então a mudar a história de Mefibosete, o seu projeto de vida, tudo aquilo que seu pai tinha sonhado para ele.

O que tem te afastado da posição de príncipe? Uma queda (pecado), forças externas?

Mefibosete é o que podemos denominar O COLECIONADOR DE TRAUMAS, toda a sua vida foi marcada por decepções, perdas irreparáveis, frustrações e angústias. O histórico de vida de Mefibosete nos mostra que os traumas começaram na sua infância.

O significado do nome Mefibosete
O primeiro nome de Mefibosete tinha sido meribe-baal (O senhor contende) mais por causa da semelhança ao deus dos cananeus, logo seu nome foi mudado para ISHBOSET (homem de vergonha) algum tempo depois surge Mefibosete (alguma coisa indigna/ exterminador da vergonha)
O príncipe, herdeiro do trono, agora é um homem envergonhado, detentor de traumas, cheio de frustrações.

Os traumas da vida de Mefibosete

1- O trauma físico 
(II Sm 4) – O trauma físico sofrido por Mefibosete impedia que ele exercesse a posição de guerreiro, de valente. Geralmente todos os príncipes em Israel tinham que ir a guerra, empunhar suas espadas, defender o rei, Mefibosete não conseguia, imagine a frustração de ver todos os seus irmãos irem à batalha vestidos com armaduras, e ele sozinho não poder ir. O trauma físico veio acompanhado de outra notícia bombástica, de uma dor terrível.

2 - O trauma familiar 
Imagine alguém chegando à porta de sua casa gritando: TEU PAI É MORTO E TODOS OS SEUS FILHOS E SUA CASA, essa noticia chegou aos ouvidos de Mefibosete, um novo trauma, uma dor ainda mais forte, Mefibosete naquele momento passava a estar sem pai, sem irmãos sem ninguém.

3 - O trauma emocional
As dores físicas e familiares causaram em Mefibosete uma dor emocional profunda, a ponto dele mesmo olhar para ele como um cão morto. Um dos mais inferiores tratamentos em Israel era ser chamado de cão ou cabeça de cão. Agora imagine a própria pessoa se autodenominar CÃO MORTO. (II Sm 9:8) Ser chamado de cão morto dava a ideia de ser imprestável, miserável e sujo (II Sm 16:9) O Senhor Jesus disse certa vez: vinde a mim todos os cansados e sobrecarregados e Eu vos aliviarei.

4 - O trauma social
Em conseqüência do trauma físico e familiar Mefibosete é levado a um lugar denominado LÔ DEBAR (sem pasto/ lugar do esquecimento) um lugar onde ovelha nenhuma poderia viver. Uma cidade destinada aos doentes, aos miseráveis, cegos leprosos enfim os emprestáveis. Foi no lugar do esquecimento, no meio deste cenário que Mefibosete viveu por quase vinte anos. Mefibosete era um homem que tinha nascido para viver de tragédias, ou melhor, não viver. Ser esquecido é um dos piores sentimentos sociais que alguém pode sentir. Mas o Senhor não nos esqueceu. Em Lc 19:10 o pastor vai em busca da ovelha perdida, num lugar sem pasto, ou seja, em lô debar. O rei Davi se lembrou da aliança que tinha feito com Jonatas. Jesus te lembra hoje da aliança feita com você. O posicionamento de Davi foi semelhante à ação de Jesus. ( restituição)

5 - O trauma espiritual-
Os complexos, feridas na alma causaram na vida de Mefibosete uma idéia de escravidão, ele perdeu a posição de príncipe, todos os bens de sua família, passando a ser escravo de seus traumas. Mefibosete talvez tinha esquecido daação de Deus, talvez este não se lembrava mais das vitórias que Deus tinha concedido ao seu pai Saul.
Mefibosete era oprimido espiritualmente,e andava se arrastando sem FÉ alguma. Alguns homens de Deus, também, passaram por grandes crises e traumas, o próprio Davi nos salmos narra suas constantes aflições (Sl. 57:6/ Sl. 38:8/ Sl. 69:29)
Diante de tudo isso, de todas as frustrações o Rei olha para um homem lançado ao chão, no meio da amargura e vê um príncipe, foi assim que Davi olhou para Mefibosete. A Bíblia ao narrar os milagres de Jesus diz que ELE fitava os olhos nas pessoas, fixava os olhos e dizia a tua fé te salvou. Deus não te vê como um derrotado, como um aleijado, mas sim como um príncipe. O próprio Davi tinha saído de um lugar de esquecimento e foi posto como príncipe.

A restauração de Mefibosete

A restauração começa em Jerusalém, Mefibosete foi levado do lugar do esquecimento a uma terra de paz (Jerusalém) A restauração na sua vida pode começar com os princípios existentes na ação de Mefibosete:

1- Mefibosete foi ao Rei como estava.
A bíblia narra à história de uma mulher sírio-fenícia que foi até Jesus e se humilhou na presença dele de maneira semelhante à ação de Mefibosete.

2- Mefibosete reconheceu sua situação.
Para que haja restauração é necessário reconhecimento, confissão. Davi enquanto não reconheceu seu estado, seu pecado tinha os seus ossos envelhecidos (Sl 35:2) O povo de Israel precisou reconhecer sua situação de escravidão para que houvesse restituição

3- Mefibosete estava cheio de temor.
O temor no Senhor é fonte de sabedoria (Pv. 9:10). Precisamos entrar na sala do trono, diante do REI com temor (Sl 19:9) Assim, faziam os sacerdotes quando entravam no santo dos santos.

A partir do dia em que Mefibosete entrou na presença do rei, ele passou a comer pão continuamente na presença do REI, os seus termos de possessão foram restituídos, o homem que tinha perdido a posição de príncipe e se tornado escravo é novamente colocado como príncipe, como um dos filhos do Rei.

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Libertos pela Unção de Deus

LIVRE DA PRISÃO

Versão para impressão

1 – LIVRAMENTO
2 - ÉS CRENTE e ESTÁS NUMA PRISÃO = O QUE FAZER?
3 – O DIABO TRAZ TRIBULAÇÕES e PERSEGUIÇÕES
4 - NÃO ÉS de JESUS e ESTÁS NUMA PRISÃO
5 – EXORTAÇÃO - O QUE FAZER

1 - LIVRAMENTO
Livramento é estar no meio de um problema grande, que aparentemente não tem saída possível.
Mas Deus, é o Deus do Livramento. Com Deus há sempre uma saída.
Homens de Deus experimentaram que Deus sempre nos livra de qualquer problema.
LIVRAMENTO = Nos dá o Escape

= Deus vai abrir um caminho onde não há caminho. (Ex. Mar Vermelho )
Rom.8:31 ... Se Deus é por nós .....

Paulo e Silas expulsaram o espírito de adivinhação de uma moça...
At. 16:16-24 Ela ganhava muito dinheiro para os seus senhores com adivinhações.
.. seguia a Paulo, gritando: Estes homens são servos de Deus Altíssimo ......
...Finalmente, Paulo ficou indignado... “em Nome de Jesus Cristo eu lhe ordeno que saia dela!. No mesmo instante o espírito a deixou.
Percebendo que a sua esperança de lucro tinha se acabado, os donos da escrava agarraram em Paulo e Silas e os lançaram na prisão .....

A moça, agora liberta, já não sabia prever o futuro.
Lá se foi o lucro dos seus mestres, que agarravam o Paulo e Silas e lançaram na prisão.


2 - ÉS CRENTE e ESTÁS NUMA PRISÃO = O QUE FAZER?
Paulo e Silas também estavam na prisão.
Porquê ? Porque SERVIAM a Deus = TRIBULAÇÃO = ataque do diabo
O que fizeram eles ?
Atos 16:25 “Perto da meia noite Paulo e Silas oravam e cantavam hinos a Deus, e os outros presos os escutavam “
Atos 16:26 “ De repente sobreveio um terramoto tão grande que os alicerces do cárcere se moveram, abriram-se todas as portas e foram soltos os grilhões de todos “


3 – O DIABO TRAZ TRIBULAÇÕES e PERSEGUIÇÕES
A) O diabo traz tribulações e perseguições para afastar o crente: - de Jesus
- da Igreja  - Marcos 4:16,17
TRIBULAÇÃO = é um PROBLEMA que surge POR SERVIR A DEUS
PERSEGUIÇÃO= ... piadinhas, gozo , escárnio por sermos de Jesus

B) – I Pedro 4:12-14 “Amados, não estranheis a ardente prova que vem sobre vós para vos tentar, como se coisa estranha vos acontecesse; 13 Mas alegrai-vos no fato de serdes participantes das aflições de Cristo, para que também na revelação da sua glória vos regozijeis e alegreis. 14 Se pelo nome de Cristo sois vituperados, bem-aventurados sois, porque sobre vós repousa o Espírito da glória e de Deus; quanto a eles, é ele, sim, blasfemado, mas quanto a vós, é glorificado.

- Não te admires se te acontecer o mesmo
- Entende quem está por detrás disso - João 10:10 e que a nossa luta é contra demónios - Ef. 6:10

C)- Propósito de diabo
- tentar afastar-te de Deus
- tentar afastar-te da Igreja = local do Poder de Alto
- tentar roubar-te as bênções que Deus já te deu

D)- Nunca desistas, nem olhes para trás
Vai sempre em frente com Jesus
Nunca te ENVERGONHES de JESUS ..... Mat.10:33
Mat. 10:33 Mas todo aquele que me negar diante dos homens, eu o negarei também diante de meu Pai que está nos céus.


4 - NÃO ÉS de JESUS e ESTÁS NUMA PRISÃO
Talvez também te sintas numa prisão. Pode ser um vício.

Estás preso num vício de:
a) Bebida - destruindo o lar
b) Droga - roubando todo dinheiro dos pais
c) Sexo – desejo desenfreado por sexo
d) Jogo – gastando tudo
e) Mentira – já ninguém confia em ti
f) Dívidas – uma atrás de outra
g) Internet – sites pornográficos, etc.

Parece que não tens saída, que vais ficar lá até morrer.
Mas Deus te liberta das prisões mais profundas. Deus tira as pessoas dos cárceres interiores. Foi para isso que Jesus veio à terra.


5 – EXORTAÇÃO - O QUE FAZER
Não há problema sem uma causa

Prov. 26:2 “.... assim a maldição sem causa não virá.”

1 – Volte-se para Deus.
Sai da zona das maldições ... terra amaldiçoada
Só Jesus tem poder para te LIVRAR

2 – Anda com Deus
- Vem à Igreja Maná
- Vem aos Domingos e Reuniões de 6ªFeira
- Junta-te a um Grupo Familiar
- Tira os cursos - Novos Convertidos, Básico e Complementar etc.
- Tire a Escola Bíblica – Constroi a tua casa (vida) na rocha

3 – Honra a Deus
- com dízimos e ofertas
- evangelizando
- sem te envergonhares de Jesus
4 – Caminhe sempre em frente
- não ande atrás de murmuradores, rebeldes, escarnecedores (Salmo1)

5 – Então verás
- que Deus te dará um LIVRAMENTO
- Deus fará para ti um CAMINHO que ainda não existe

sábado, 6 de julho de 2013

TEMPO DE RESSUREIÇÃO

JESUS RESSUSCITA O FILHO DA VIÚVA - Lucas 7:11-16.


Jesus parou o cortejo fúnebre e ressuscitou o filho único de uma viúva.
Contexto do milagre. Jesus tinha um ministério itinerante, viajando especialmente pela província da Galiléia (compare Mt 4.23). Lucas diz que uma dessas viagens aconteceu um dia depois da cura do servo do centurião. Jesus chegou à cidade de Naim, que não ficava longe de Nazaré. Enquanto Ele chegava, uma grande multidão seguia um cortejo fúnebre. O costume judaico exigia que a pessoa fosse enterrada no dia em que morresse. O corpo não era carregado num esquife (caixão), como nosso texto sugere, mas num cesto aberto de vime. Era considerado importante para as pessoas acompanharem um cortejo enquanto este passava, a fim de que os enlutados pudessem ser acompanhados no sepultamento do ente querido. Logo, a ressurreição do filho da viúva foi testemunhada por muitas pessoas.
Personagens do milagre. Os personagens centrais no drama foram Jesus, a viúva, seu filho, e a multidão que acompanhava o cortejo.
Jesus. Apesar de Lucas enfatizar o lado humano de Jesus, esse é o único relato de milagre no qual Lucas menciona a compaixão de Jesus. Em contraste, a compaixão de Cristo pelos sofridos é mencionada três vezes em Mateus (14.14; 15.32; 20.34) e três vezes em Marcos (1.41; 6.34; 8.2). Ninguém nesse relato pediu ou esperava o milagre que Jesus fez.
A viúva. Lucas indica que Jesus teve compaixão "dela" (Lc 7.13). Enquanto Lucas descreve suas lágrimas, ele também apresenta duas razoes especiais pela reação emotiva de Jesus. Primeiro, o morto era o único filho dela. Segundo, a mulher era viúva. A situação de uma viúva nos tempos bíblicos é expressa nesta citação do rabino Eliézer: "Um escravo ganha ao receber a liberdade do seu senhor, mas, para uma mulher, é desvantagem, pois se torna desqualificada para receber temurah e perde seu sustento" (Gittim 12:b). Uma esposa era vulnerável no mundo antigo. Enquanto seu marido vivia, ele assumia a responsabilidade pelo seu sustento. Quando ele morria, precisava sustentar-se sozinha. O problema era complicado neste caso porque, no judaísmo do primeiro século, mulheres não podiam herdar propriedade dos seus maridos. Propriedades familiares eram transferidas aos filhos e, em casos especiais, a uma filha. Apesar de haver sistemas pelos quais maridos ricos podiam prover sustento para suas esposas mesmo depois de mortos, a típica família galiléia tinha poucos recursos. Então cabia ao filho mais velho cuidar da sua mãe, segundo o mandamento "Honra teu pai e tua mãe" (Ex 20.12). Mas a viúva de Naim era um personagem realmente trágico. Perdera seu marido, e agora seu único filho, ficando desamparada. Não é de admirar que jesus tivesse compaixão dela!
O filho morto. Quando Jesus ressuscitou o filho da viúva, ele o chamou de "jovem" (v. 14). O termo sugere que ele não era casado nem tinha filhos.
A multidão. A reação da multidão ao milagre de Jesus foi bem diferente da que ocorreu na cura do homem paralítico (Lc 5.26). Naquela cura, os líderes religiosos glorificaram a Deus, em vez de atribuir a cura a Jesus. Nesta cura, a multidão glorificou a Deus porque "grande profeta se levantou entre nós" (Lc 5.16).
Como a história se desenrola. Jesus "coincidentemente" chegou a Naim no momento em que o cortejo fúnebre saía. Jesus teve compaixão da viúva, disse-lhe para não chorar e colocou a mão no esquife para parar o cortejo. Então dirigiu-se ao jovem, mandando-o levantar-se. Restaurado à vida, o jovem sentou-se, começou a falar e foi devolvido por Jesus à mãe viúva. A multidão ficou maravilhada e glorificou a Deus por novamente levantar um profeta em Israel.
"Jovem, eu te mando: levanta-te!" (Lucas 7.14). Vários dos milagres de Jesus foram comparados aos de Elias e Eliseu no oitavo século a.C. Como esses dois profetas, cada um dos quais restaurou um defunto à vida, Jesus também ressuscitou mortos. Mas há uma diferença significativa na descrição do processo. Elias e Eliseu oraram, esperaram e até estenderam-se sobre os cadáveres antes que estes fossem ressuscitados. Jesus não orou a Deus. Simplesmente ordenou, e o jovem reviveu. Jesus tinha em si mesmo o poder de dar vida aos mortos, pois era Deus. O paralelo entre Jesus e os antigos profetas não passou despercebido às testemunhas. Sua exclamação alegre, "Grande profeta se levantou entre nós", reflete sua associação imediata de Jesus com Elias e Eliseu.
"Deus visitou o seu povo" (7.16). A expressão é idiomática, significando "Deus está agindo entre nós novamente!" Os milagres que marcaram a intervenção de Deus em Israel no passado estavam agora sendo realizados por Jesus. A história, certamente, chegara a um grande ponto decisivo!
"Vendo-a, o Senhor" (Lucas 7.13). Lucas relata anteriormente conversas nas quais outras pessoas chamam Jesus de "Senhor" (Lc $.8, 12; 7.6). Mas esta é a primeira vez em que Lucas refere-se a Jesus como "o Senhor". Com esse milagre, Lucas esperava que seus leitores reconhecessem Jesus como Senhor.
O significado do milagre. O milagre em Naim teve grande significância religiosa. Primeiro, revelou a compaixão de Jesus. Segundo, estabeleceu a extensão ilimitada do poder de Jesus. Ele exerceu controle sobre demônios (Lc 4.33-36, 41), doenças (Lc 5.12-15; 5.17-26), e agora até sobre a morte (Lc 7.11-17). Terceiro, sua correspondência aos milagres feitos por Elias e Eliseu marcou Jesus inconfundivelmente como profeta aos olhos do povo. No entanto, talvez haja uma mensagem ainda mais importante. Nesse milagre de vida restaurada, Jesus tomou a iniciativa. Ele também viu a necessidade, teve compaixão, foi ao encontro do homem morto e restaurou sua vida. Que descrição clara da nossa salvação! Não buscamos a Deus. Como pecadores perdidos, éramos hostis a Deus e considerados seus inimigos por causa das nossas obras pecaminosas (Cl 1.21). Mas Deus teve compaixão de nós, tomou a iniciativa e enviou seu Filho à terra para que, com sua morte no Calvário, Jesus viesse ao nosso encontro e nos tocasse. Com esta ação, Ele fez mais do que restaurar vida física. O Cristo crucificado e ressurreto nos ofereceu perdão e vida eterna. Jesus tomou a iniciativa, e tudo o que podemos fazer é aceitar pela fé a dádiva maravilhosa da vida que só Ele pode dar.

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Montes de Israel



1 - Montes de Judá
Os montes de Judá localizam-se ao Sul dos montes de Efraim. Constituem-se de uma série de elevações, entre as quais há herbosos vales, por onde correm riachos que deságuam nos mares Morto e Mediterrâneo. Eis os mais notó­rios montes de Judá: Sião, Moriá, Oliveiras, e o da Tenta­ção.

1.1 - Monte Sião
Localizado na parte Leste de Jerusalém, o monte Sião ergue-se ali soberano e altivo. Com aproximadamente 800 metros de altitude, ao nível do Mediterrâneo, é a mais alta montanha da cidade Santa. Designa-o desta forma o profe­ta Joel: "E vós sabereis que eu sou o Senhor vosso Deus, que habito em Sião, o monte da minha santidade; e Jeru­salém será santidade; estranhos não passarão mais por ela" (Jl 3.17).
O Monte Sião era habitado pelos Jebuseus. Davi, en­tretanto, ao assumir o controle político-militar de Israel, resolveu desalojá-los. A partir de então, aquela singular elevação passou a ser a capital do Reino de Israel. Em vir­tude de sua posição privilegiada, era uma fortaleza natural para a cidade de Jerusalém.
Mais tarde, ordenou Davi fosse levada a arca da alian­ça a Sião. Por causa disso, o monte passou a ser considera­do santo pelos hebreus.
Décadas mais tarde, com a remo­ção da sagrada urna ao Santo Templo, Sião passou a desig­nar, também, a área compreendida pela Casa do Senhor. E, não foi muito difícil a própria Jerusalém ser chamada por esse abençoado nome.
No Monte Sião encontra-se a sepultura do rei Davi. Em uma das lombadas dessa memorável área, localiza-se um cemitério protestante, onde está sepultado o renomado arqueólogo Sir Flinders Petri.
Após o Exílio Babilônico, os judeus começaram a identificar-se, com mais intensidade, com a mística Sião. Na luxuriante e soberba Babilônia, eles lembravam-se desse nome e derramavam copiosas lágrimas. Nos tempos modernos, foi criado um movimento, visando à criação do
Estado de Israel, cujo nome é Sionismo. Essa designação reflete bem o amor dos judeus por sua terra.
A Igreja de Cristo é considerada a Sião Celestial, re­pleta de justiça e habitada por homens, mulheres e crian­ças comprados pelo sangue do Cordeiro


1.2 - Monte Moriá
Moriá é sinônimo de sacrifício e abnegação. Nesse monte, o patriarca Abraão passou a maior prova de sua carreira espiritual. Premido pelo Todo-poderoso, prepara­va-se para sacrificar seu filho, seu único filho Isaque, quando ouviu este brado: "Abraão, Abraão! E ele disse: Eis-me aqui. Então disse-lhe o anjo do Senhor: Não es­tendas a mão contra o moço, e não lhe faças nada; por­quanto agora sei que temes a Deus, e não me negaste o teu filho, o teu único" (Gn 22.11,12). Continua a narrativa: "Então levantou Abraão os seus olhos; e eis um carneiro detrás dele, travado pelas suas pontas num mato; e foi Abraão, e tomou o carneiro, e ofereceu-o em holocausto, em lugar de seu filho" (Gn 22.13).
Localizado a leste de Sião, e Monte Moriá tem uma altitude média de 800 metros ao nível do Mediterrâneo. De forma alongada, sua parte mais baixa era conhecida como Ofel. No tempo de Abraão, Moriá não designava propria­mente um monte, mas uma região.
Mil anos após a era patriarcal, Salomão construiu o Templo nessa elevação. A Casa do
Senhor, entretanto, foi destruída por Nabucodonozor, em 587 a.C. Reconstruída no tempo de Esdras e Neemias, foi novamente destruída pelo general Tito, no ano 70 de nossa era. Atualmente, sobre esse monte, encontra-se a Mesquita de Ornar, um dos lugares mais sagrados para os muçulmanos.
O que significa Moriá? O professor Zev Vilnay, citado por Enéas Tognini, explica: "Os sábios de Israel pergunta­ram: - 'Por que este monte se chama Moriá?' - Porque vem da palavra 'Mora', que, em hebraico, significa temor. Desta montanha o temor de Deus percorreu a terra toda. Outra versão diz que vem de 'ora', que quer dizer luz, pois quando o Todo-poderoso ordenou: 'Haja luz', foi do Moriá que pela primeira vez brilhou a luz sobre a humanidade."
Hoje, Moriá poderia ser chamado "Montanha das Lá­grimas". Do Templo, restou apenas uma muralha na qual judeus de todo o mundo choram seu exílio e suas amargu­ras
। O Muro das Lamentações é o último resquício da gló­ria passada de Israel.


1.3. - Monte das Oliveiras
O Monte das Oliveiras situa-se no setor oriental de Je­rusalém. O Vale do Cedrom separa-o do monte Moriá. Esse monte, denominado "Mons Viri Galilaei", compõe uma cordilheira, sem muita expressão, com aproximada­mente três quilômetros de comprimento.
Na parte ocidental do Monte das Oliveiras, fica o Jar­dim do Getsêmani. Nos dias do Antigo Testamento, essa sagrada elevação era coberta de oliveiras, vinhedos, figuei­ras e uma série de outras árvores frutíferas e ornamentais. A fertilidade dessa região é proverbial e secular, haja vista que, depois do exílio babilônico, a Festa dos Tabernáculos foi realizada com os ramos das árvores do Olivete.
No Jardim do Getsêmani, Jesus enfrentou um dos mais dolorosos momentos de seu ministério. Envolto na sombra da noite, clamou. Pressionado pelos nossos peca­dos, chorou. Ali, seu corpo foi esmagado por causa das nos­sas transgressões.



 1.4 - Monte da Tentação
Logo após o seu batismo, foi Jesus levado a um monte, onde passou 40 dias. Em completo jejum por 40 dias, foi tentado pelo Diabo; teve fome depois de terminar o jejum e sofreu a solidão. Essa elevação, que serviu de claustro ao Salvador, é conhecida como o monte da Tentação.
Distante 20 quilômetros a leste de Jerusalém, esse monte fica a quase 1000 metros acima do nível do mar. Sua altura, contudo, não ultrapassa a 300 metros, por encon­trar-se no profundo terreno do vale do Jordão. Caracteriza­do por ingrata aridez, possui inúmeras cavernas, onde os monges refugiam-se para meditar.
Na realidade, as Sagradas Escrituras não declinam o nome do monte onde o Senhor foi tentado.
Entretanto, o Monte da tentação é o único que corresponde ao cenário onde Cristo travou uma de suas mais decisivas batalhas.


2 - Montes de Efraim
A região montanhosa de Efraim abrange a área ocupa­da pelos efraimitas, pela metade dos manassitas e por uma parcela dos benjamitas. Conhecemos essa área, também por estes nomes: monte de Naftali. monte de Israel e mon­te de Samaria. Essa área é classificada, geograficamente, como Planalto Central.
Eis os mais importantes montes de Efraim: Ebal e Ge-rizim
। Sobre ambos os montes, foram pronunciadas as maldições e as bênçãos sobre os filhos de Israel. Ambas as elevações, testemunham os visitantes, formam um anfi­teatro, com perfeita acústica.


2.1 - Monte Ebal
Do Ebal foram pronunciadas as maldições. Localiza­do no Norte de Nablus, seu solo é aridificado e com muitas escarpas. Tem 300 metros de altura e fica a mais de mil metros de altitude em relação ao Mar Mediterrâneo.
Jotão proclamou seu célebre apólogo do cume desse monte. E, dessa engenhosa maneira, incitou Israel a lutar contra o usurpador Alimeleque.
Tanto o Ebal, como o Gerizim, ocupam posição estra­tégica
। Para se alcançar qualquer parte da Terra Santa, há de se passar, necessariamente, por ambos os montes "Ebal" significa, em hebraico, pedra.
2.2 - Monte Gerizim
Ao contrário do Ebal, o monte Gerizim é coberto por reconfortante vegetação. A altura dessa elevação é de 230 metros. Com relação ao nível do Mediterrâneo, está situa­do a 940 metros de altitude. Nesse monte, foram abertas muitas cisternas para captar águas da chuva.
Após o exílio babilônico, os samaritanos, instigados por Sambalá, construíram um templo sobre o Gerizim. Vi­savam tirar a glória do Templo reconstruído por Esdras e Neemias. Em 129 a.C, o lugar de adoração dos samarita­nos seria destruído por João Hircano.
Recentemente, Salcy descobriu reminiscências desse espúrio santuário. Conforme descreve esse laborioso ar­queólogo, o templo dos samaritanos era rico e suntuoso.
O Monte (gerizim, atualmente é conhecido como Jebel et-Tor. E. continua sendo o lugar de adoração dos samaritanos. Segundo dizem, foi nesse monte que Abraão pagou o dízimo a Melquisedeque. Eles acreditam, também, que foi nesse lugar que Isaque seria sacrificado pelo piedoso pai dos hebreus.

3 - Montes de Naftali
Essa designação abarca todo o conjunto montanhoso do Norte da Terra Santa. Abrange a região da Galiléia. Quando da conquista de Canaã, esse território foi destina­do às tribos de Aser, Zebulom, Issacar e Naftali. Os naftalitas ficaram com uma área mais extensa. Em virtude dis­so, essas terras passaram a ser conhecidas como Naftali.
Eis os quatro mais importantes montes dessa região: Carmelo, Tabor, Gilboa e Hatim


3.1 - Monte Carmelo
Travou-se no Carmelo um dos mais renhidos comba­tes entre a fé e a idolatria. Cheio do Espírito Santo, Elias desafiou várias centenas de profetas de Baal. A vitória, é claro, coube ao profeta do Senhor. Esse monte, em virtude dessa confrontação, é símbolo de prova e fogo.
O Carmelo não é propriamente um monte. Faz parte, na realidade, de uma cordilheira de 30 quilômetros de comprimento. Sua largura oscila entre 5 a 13 quilômetros, a começar do Mediterrâneo em direção ao Sudeste do terri­tório israelita. O ponto mais elevado dessa serra não atinge 600 metros. O duelo de Elias com os falsos profetas deu-se exatamente no cume do monte Carmelo.
No lado Norte dessa cordilheira, passa o rio Quisom, onde os vassalos de Baal foram exterminados
। Oswaldo Ronis acrescenta-nos mais alguns detalhes acerca do Car­melo: "Este é o único monte que se destaca do planalto central na direção oeste, formando um promontório ao sul da planície do Acre (Accho ou Asher) e é a única parte do território da palestina que avança mar Mediterrâneo aden­tro, formando, ao Norte, a baía do Acre onde se localiza a cidade de Haifa. Note-se que este monte ou serra forma uma barreira entre as planícies Esdraelom, ao norte e Sarom ao sul, apresentando em seus flancos inúmeras caver­nas que, pela sua conformação interna, parece (algumas) terem sido habitadas. Uma delas é conhecida como a 'Gruta de Elias' , que hoje é um santuário muçulmano."


3.2 - Monte Tabor
Localizado também na Galiléia, o Tabor tem 320 me­tros de altura. Trata-se de um monte solitário, plantado na luxuriante Esdraelom. Visto do Sul, lembra-nos um se-micírculo. Dista a apenas 10 quilômetros de Nazaré e a 16 do mar da Galiléia. Situa-se a 615 metros acima do nível do Mar Mediterrâneo.
De seu cume podem-se avistar magníficas paisagens. A alma poética dos hebreus embevecia-se com os maravi­lhosos quadros vislumbrados desse monte. O Tabor, por esse motivo, era comparado ao monte Hermom.
O Tabor é muito importante no Antigo Testamento. Em suas cercanias, os exércitos de Débora e Baraque com­bateram as forças de Sísera. Mais tarde, Gideão, nessa mesma área, colocou em fuga os batalhões dos midianitas.
Nos dias de Oséias, foi construído um santuário pagão sobre o monte Tabor, contra o qual clamou o santo profeta: "Ouvi isto, ó sacerdotes, e escutai, ó casa de Israel, e escu­tai, ó casa do rei, porque a vós pertence este juízo, visto que fostes um laço para Mizpá, e rede estendida sobre o Tabor" (Os 5.1).
Tempos mais tarde, foi construída uma cidade no topo desse monte. Em 218 a.C., Antíoco a conquistou e transformou-a em uma fortaleza. O Tabor seria cenário, ainda, de vários conflitos entre romanos e judeus. O histo­riador Flávio Josefo, por exemplo, fortificou uma determi­nada área desse monte. Dessas fortificações, sobraram, so­mente, trechos de um muro.
A partir do Século III de nossa era, renomados teólo­gos começaram a ventilar esta hipótese: A transfiguração do Cristo deu-se no Monte Tabor. Visando perenizar esse importantíssimo momento da vida terrestre de Jesus, a mãe de Constantino Magno, Helena, ordenou fossem cons­truídos três santuários: um para Jesus, e os outros dois
para Moisés (representante da Lei) e Elias (representante dos profetas).
Hoje, todavia, acredita-se que a transfiguração ocor­reu nas encostas sulinas do monte Hermom.
O Tabor, atualmente, é chamado de Jabal al-Tur pe­los árabes
। Os israelenses continuam a tratá-lo de Har Tãbhôr.


3.3 - Monte Gilboa
Com 13 quilômetros de comprimento e com uma lar­gura que varia entre 5 a 8 quilômetros, o Monte Gilboa es­tá localizado no Sudeste da planície de Jezreel. Sua forma é alongada. Situa-se a 543 metros de altitude.
Em Gilboa, que significa fonte borbulhante em hebraico, morreram o rei Saul e seu filho Jônatas, quando combatiam os incircuncisos filisteus. A fatalidade inspirou este cântico davídico: "Vós, montes de Gilboa, nem orvalho, nem chuva caia sobre vós, nem sobre vós, campos de ofertas alçadas, pois aí desprezivelmente foi profanado o escudo dos valentes, o escudo de Saul, como se não fora ungido com óleo" (2 Sm 1.21).
As colinas do Gilboa são conhecidas, hodiernamente, como Jebel Fukua



3.4 - Monte Hatim
Localizado nas proximidades do mar da Galiléia, o monte Hatim compõe o chamado Cornos de Hatim. Sua altura não ultrapassa os 180 metros. É um lugar bastante atrativo. De seu topo, pode-se avistar o Mar da Galiléia. Seus dois picos principais têm a aparência de chifres.
Acredita-se ter sido esse o monte, do qual Cristo pro­nunciou o célebre Sermão da Montanha
। O Hatim é conhe­cido, de igual modo, como o Monte das bem-aventuranças.


II - MONTES TRANSJORDANIANOS
Os montes transjordanianos são conhecidos, também, como Montes do Planalto. Eis as suas principais elevações: Gileade, Basam, Pisga e Peor.

1 - Monte de Gileade

Trata-se de um conjunto montanhoso. Vai do Sul do Rio Yarmuque ao mar Morto. Gileade é dividido pelo Ri­beiro de Jaboque, onde Jacó lutou com o Anjo do Senhor. Essa foi a primeira região conquistada pelos israelitas e coube à tribo de Gade. O profeta Elias é originário dessa terra. No tempo de Jesus, esse território era conhecido como Peréia.
O nome dessa localidade surgiu com o encontro entre Jacó e Labão. Designou-a, o primeiro, assim: Jegar-Saaduta. E, o segundo, Galeed. Ambas as nomenclaturas significam montão do testemunho.
Essa região, na antigüidade, era famosa pela sua ferti­lidade. De seu solo, explodiam o trigo, cevada, oliveira e le­gume. O seu bálsamo era procuradíssimo. Hoje, esse terri­tório está em poder da Jordânia. Para os judeus ortodoxos, entretanto, Gileade é a eterna possessão dos filhos de Is­rael.

2 - Monte de Basam

Basam é um dilatado e fertilíssimo conjunto de mon­tanhas. Ao norte, limita-se com o monte Hermom. Ao les­te, com a região desértica da Síria e da Arábia. A Oeste, com o Jordão e o mar da Galiléia. E, ao sul, com o Vale do Yarmuque.
Assim refere-se Davi a esse monte: "O monte de Deus é como o monte de Basam, um monte elevado como o mon­te de Basam" (Sl 68.15).
As terras do Basam, por causa de sua fertilidade, constituem-se um celeiro para Síria e o Estado de Israel. Na era veterotestamentária, essa região estava coberta de cedros e carvalhos. E, em suas viscejantes pastagens, eram apascentados numerosos rebanhos.
Nos dias de Abraão, o monte de Basam era habitado pelos temidos refains, um povo constituído de homens de elevada estatura. O último soberano dessa nação foi exe­cutado pelos israelitas. Trata-se de Ogue, cuja cama me­dia aproximadamente quatro metros de comprimento e quase dois de largura.
Essa área foi destinada, por Moisés, aos manassitas.

3 - Monte Fisga
Do cimo do monte Pisga, contemplou Moisés a Terra Prometida: "Então subiu Moisés das campinas de Moabe ao Monte Nebo, ao cume de Pisga, que está defronte de Je­rico; e o Senhor mostrou-lhe toda a terra, desde Gileade até Dã. Assim morreu ali Moisés, servo do Senhor, na terra de Moabe, conforme o dito do Senhor" (Dt 34.1 e 6).
O Pisga está localizado na planície de Moabe. Dista 15 quilômetros do Leste da foz do rio Jordão. Moisés vis­lumbrou o solo da promissão de uma altitude de 800 metros. O monte Pisga é conhecido, também, como Nebo. Alguns autores, contudo, dizem haver, nessa região, dois montes: o Pisga e o Nebo.

4 - Monte Peor

O monte Peor está localizado nas imediações do Nebo. Em hebraico, "Peor" significa abertura. Nesse monte era adorado o imoral Baal-Peor.
Do monte Peor, tentou Balaão amaldiçoar os filhos de Israel. No entanto, seus esforços foram em vão. Como últi­mo recurso para prejudicar a marcha dos israelitas, indu­ziu-os a participar das sensuais cerimônias de adoração de Baal-Peor. Não fosse a ação pronta e enérgica de Moisés, os hebreus teriam se corrompido completamente. Desse la­mentável episódio, falaria mais tarde o grande legislador: "Os vossos olhos têm visto o que Deus fez por causa de Baal-Peor: pois a todo o homem que seguiu a Baal-Peor o Senhor teu Deus consumiu no meio de ti" (Dt 4.3).

III - MONTE SINAI
O Sinai constitui-se de uma península montanhosa, localizada entre os golfos de Suez e Acaba. Nessa região, Deus apareceu a Moisés e o comissionou a libertar Israel do jugo faraônico. Da sarça ardente, clamou o grande Jeo­vá: "Eu sou o que sou". Em frente a esse monte, ficaram os israelitas acampados por quase um ano. Nesse santo lugar, o Senhor entregou a Lei aos filhos de Israel (Êx 19 e Nm 10).
Conhecido também como Horebe, o monte Sinai ser­viu de refúgio a Elias. Nele, o profeta, o ardente profeta de Jeová, pôde esconder-se da perversa Jezabel. "Sinai", segundo os exegetas, significa sarça ardente, fendido ou rachado. Dizem alguns ser esse nome uma evo­cação a Sin, deusa da Lua. Nas Sagradas Escrituras, esse monte recebe três diferentes designações: Monte Sinai. Horebe e Monte de Deus.
Essa sagrada elevação tem uma forma triangular. Seus vértices superiores repousam nos territórios asiático e africano. Ao Leste, é banhada pelo Golfo de Acaba. Ao Ocidente, pelo Golfo de Suez. A área da Península do Si­nai mede 35.000-. Nessa região, podemos encontrar três zo­nas geológicas: Cretácea, Arenística e Granítica.
Apesar de aridificado, esse território tem os seus en­cantos particulares. Os montes erguem-se soberanos e alti­vos. Queimadas pelo Sol, as areias mostram-se multicolo-ridas. A vegetação é sobremodo escassa, tornando a sobre­vivência humana praticamente impossível. Os oásis são uma raridade. Em alguns locais, contudo, vislumbram-se verdes vales, em virtude da água, que provém da neve de alguns altos picos. Nesses lugares, os anacoretas encon­tram repouso e silêncio para a sua meditação.

O Sinai pertencia ao Egito. No entanto, na Guerra dos Seis Dias, em 1967, Israel capturou toda essa região. Se­gundo a Palavra de Deus, a região do Sinai pertence, de fa­to, aos israelitas.

quarta-feira, 8 de maio de 2013

SALTANDO SOBRE OS MONTES


“Vem depressa, amado meu, faze-te semelhante ao gamo ou ao filho da gazela, que saltam sobre os montes aromáticos”.  (Cantares 8.14)
Montes na Bíblia nos falam de poder e autoridade, mas também nos fazem lembrar de experiências e situações tanto negativas
quanto positivas. Todos nós temos passado pelos vales e pelos montes da vida, assim como pelos desertos e jardins. Todas as experiências que passamos tem um propósito só – fazer-nos crescer e levar-nos à imagem do Filho de Deus.

“Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito. Porquanto aos que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos”.  (Romanos 8.28,29)
Muitas vezes lembramos mais facilmente dos montes de provações do que dos de bênçãos. Sentimos como Davi quando fugia de Saul e encontrou-se cercado por montes. Não havia outra saída senão aquela por onde ele e seus homens entraram. E, agora, Saul e seu exercito estava entrando atrás deles. Havia uma rocha no meio por onde eles podiam correr e se esconder, mas faltava pouco para serem presos por Saul. Neste instante Davi pôde dizer:“Levantarei meus olhos para os montes (que me cercam), de onde me virá o socorro?” Ainda bem que ele pôde levantar os olhos mais para o alto e ver Alguém maior que as montanhas da vida e, então, disse, “o meu socorro vem do Senhor que fez os céus e a terra!” (Salmo 121.1,2). Quantas vezes nos deparamos com montes de provas, problemas e crises!
Por outro lado há também os montes abençoados e aromáticos que deixam uma doce lembrança de momentos de livramento, suprimento, avivamento e crescimento espiritual. Às vezes descobrimos estes montes logo após um longo vale difícil! Ou, às vezes quando cercado pelas ameaças do inimigo, surge à nossa frente o monte de salvação, e podemos dizer como o profeta Miquéias:
“Mas, nos últimos dias, acontecerá que o monte da Casa do Senhor será estabelecido no cimo dos montes e se elevará sobre os outeiros, e para ele afluirão os povos. Irão muitas nações e dirão: Vinde, e subamos ao monte do Senhor e à casa do Deus de Jacó, para que nos ensine os seus caminhos, e andemos pelas suas veredas; porque de Sião procederá a lei, e a palavra do Senhor, de Jerusalém. Ele julgará entre muitos povos e corrigirá nações poderosas e longínquas; estes converterão as suas espadas em relhas de arados e suas lanças, em podadeiras; uma nação não levantará a espada contra outra nação, nem aprenderão mais a guerra. Mas assentar-se-á cada um debaixo da sua videira e debaixo da sua figueira, e
não haverá quem os espante, porque a boca do Senhor dos Exércitos o disse”.  (Miquéias 4.1-4)
A Palavra de Deus nos mostra que a Igreja do Senhor deve ser como um monte alto, como Jesus disse:
“Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder a cidade edificada sobre um monte; nem se acende uma candeia para colocá-la debaixo do alqueire, mas no velador, e alumia a todos os que se encontram na casa. Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus”.  (Mateus 5.14-16).
MONTES NA BÍBLIA
Da mesma forma a verdadeira unidade e comunhão dos irmãos trazem a bênção da montanha alta sobre as congregações:
“Oh! Como é bom e agradável viverem unidos os irmãos! É como o óleo precioso sobre a cabeça, o qual desce para a barba, a barba de Arão, e desce para a gola de suas vestes. É como o orvalho do Hermom, que desce sobre os montes de Sião. Ali, ordena o Senhor a sua bênção e a vida para sempre”.  (Salmo 133.1-3).
Quando dizemos que “todas as coisas cooperam para o bem…”, devemos lembrar que Deus pode transformar os montes mais íngremes e árduos em montes de bênçãos! Um vivido exemplo disso encontramos na vida de Calebe. Ele era um dos doze homens que Moises enviou para espiar a terra de Canaã. E agora depois que toda uma geração tombara no deserto devido à sua incredulidade, Calebe se apresentou a Josué, o General, e disse,
“… Tu sabes o que o Senhor falou a Moisés, homem de Deus, em Cades-Barnéia, a respeito de mim e de ti. Tinha eu quarenta anos quando Moisés, servo do Senhor, me enviou de Cades-Barnéia para espiar a terra; e eu lhe relatei como sentia no coração. Mas meus irmãos que subiram comigo desesperaram o povo; eu, porém, perseverei em seguir o Senhor, meu Deus. Então, Moisés, naquele dia, jurou, dizendo: Certamente, a terra em que puseste o pé será tua e de teus filhos, em herança perpetuamente, pois perseveraste em seguir o Senhor, meu Deus. Eis, agora, o Senhor me conservou em vida, como prometeu; quarenta e cinco anos há desde que o Senhor falou esta palavra a Moisés, andando Israel ainda no deserto; e, já agora, sou de oitenta e cinco anos. Estou forte ainda hoje como no dia em que Moisés me enviou; qual era a minha força naquele dia, tal ainda agora para o combate, tanto para sair a ele como para voltar. Agora, pois, dá-me este monte de que o Senhor falou naquele dia, pois, naquele dia, ouviste que lá estavam os anaquins e grandes e fortes cidades; o Senhor, porventura, será comigo, para os desapossar, como prometeu”.  (Josué 14.6-12)
O monte que Calebe queria se chamava Quiriate Arba, e quer dizer “Cidade do Gigante” ou “Herói de Baal”, porque nele moravam os gigantes descendentes de Arba. Mas, quando Calebe os confrontou e os venceu, ele tomou posse do monte e mudou o nome para Hebrom que significa “União”. Deus lhe deu forças e graça para vencer e mudar o monte de dificuldade em bênção!
Outro monte que complicava a vida do povo de Deus era Jebus. Quando todos os povos antigos de Canaã haviam sido derrotados por Israel, quedava-se um reduto do inimigo bem no coração da nova nação. Era um povo obstinado que não puderam desalojar. Estes eram os jebuseus que moravam em Jebus, um monte que até hoje está na grande Jerusalém. Contudo quando Davi foi coroado rei sobre todo Israel, a primeira coisa que ele empreendeu era remover os jebuseus e conquistar o Monte de Jebus, mudando seu nome para Sião, cidade de Davi! Para conquistá-la seus homens tiveram que subir pela entrada das águas. É só assim que se vence estes redutos em nosso coração – pelo rio de Deus – o poder do Seu Espírito Santo!
Outro monte que desafiava a fé era o Monte Moriá – que significa, “Escolhido por Deus”. Deus falou com Abraão que levasse seu filho, seu único filho, Isaque e o sacrificasse sobre o Monte Moriá. Levaram três dias de jornada para chegar até lá. E, quando chegaram Abraão disse aos servos, “ficai aqui, até que eu e o menino adoremos e voltemos!” E conhecemos a história como, ao chegar no topo, Isaque disse a seu pai, “Pai, aqui está a lenha e o fogo, mas onde está o sacrifício?” Abraão respondeu, “O Senhor proverá!” E quando prestes a imolar o filho, Abraão ouviu um brado angelical do céu, dizendo que Deus havia visto a sua fé e obediência e que havia provido um substituto. Olhando para o lado viu um carneiro preso numa moita e o ofereceu no lugar de seu filho. Abrão mudou Moriá em Jeová Jiré, “No monte do Senhor se proverá!” É nos montes que parecem mais difíceis que descobrimos o suprimento do Senhor!
Outro exemplo isso temos no Monte Sinai (ou Horebe) que para o povo de Israel parecia o mais assustador e tenebroso. Enquanto acampavam ao pé do monte, ouviam trovões, viam relâmpagos e sentiram o chão a estremecer. No entanto, do meio da fumaça que cobria o monte, Deus chamou Moises e um grupo representativo dos anciãos de Israel para subir ao monte. Lá no monte, eles sentaram, comeram e viram a glória do Senhor! Os nossos montes de medo podem se transformar em doce comunhão!
Outros montes bíblicos incluiriam o Abarim, que, na verdade, era uma região montanhosa no caminho de Canaã. Era do alto de um destes picos, o Monte Pisga, que Moises vislumbrou a terra prometida. Abarim significa “passagem”, e devemos lembrar que através dos montes não apenas avistaremos a terra prometida, mas também chegaremos lá!
O Monte Ebal era o monte das maldições, mas, logo ao lado estava o monte Gerizim, o monte das bênçãos. Deus quer que vejamos toda a topografia e não apenas o lado negativo das coisas. Em grande parte do norte de Israel se podia ver num dia claro o Monte Hermom, majestoso, sempre coberto de neve. E, em qualquer lugar da nossa peregrinação terrestre por mais árida que seja a nossa experiência, podemos divisar com nosso majestoso Rei que nos traz refrigério. Assim como era visível de longe o monte Tabor, provavelmente o chamado Monte da Transfiguração. Vamos nos encher de alento. Vamos subir ao Monte do Senhor. Vamos contemplar a glória do nosso Rei!
MONTES NAS NOSSAS VIDAS
A topografia de nossas circunstancias pode prover toda uma variedade de montes até cordilheiras, tão negativos como “doenças”, “decepções”, “perdas”, “medo”, “quebra de relacionamentos”, etc. Mas, também pode haver muitos montes de bênção tais como, “cura”, “salvação”, “batismo no Espírito Santo”, “chamado de Deus”, “restauração da família”, etc. Assim como, Jesus pode andar sobre as águas agitadas, Ele também pode vir saltando sobre todos estes montes da nossa vida, os ruins e os bons. E, assim como Pedro disse, “Se és tu, chama-me para que eu vá contigo andando sobre as águas”, nós podemos dizer, “chama-me Senhor para que contigo eu salte sobre todos estes montes da minha vida”! Assim como Jesus disse a Pedro, “Vem!”, Ele nos convida, “Vem, e saltem comigo sobre os montes!”
“Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente nas tribulações.Portanto, não temeremos ainda que a terra se transtorne e os montes se abalem no seio dos mares; ainda que as águas tumultuem e espumejem e na sua fúria os montes se estremeçam. Há um rio, cujas correntes alegram a cidade de Deus, o santuário das moradas do Altíssimo. Deus está no meio dela; jamais será abalada; Deus a ajudará desde antemanhã”.  (Salmo 46.1-5)
Além de terremotos e maremotos, há ainda outra força maior que pode sacudir os montes – a fé! Jesus disse que, se tivermos fé, podemos dizer a este monte, “Ergue-te e lança-te no mar (onde cabe), tal sucederá…!” (Mc 11.23) Em Zacarias 4.7, diz que o monte será removido pelo Espírito do Senhor e por aclamações de “graça, graça”!
Temos muitas promessas que Deus nos capacitará a pisarmos os montes da vida: “Todo monte será nivelado…”, (Is 40.4); “Eis que vos dou poder para pisar serpentes, e escorpiões, e toda a força do Inimigo, e nada vos fará dano algum”(Lc 10.19); “O Deus de paz esmagará em breve Satanás debaixo dos vossos pés. A graça de nosso Senhor Jesus Cristo seja convosco. Amém!” (Rm 16.20). Até os montes hereditários não resistem, “… as coisas velhas passaram…!” (2 Co 5.17).
Os montes virão – “… No mundo tereis aflições (montes), mas tende bom ânimo, eu venci o mundo!” (João 16.33b). Sim, eles virão, mas sempre serão menor que o nosso Deus! Lembro-me de um acontecimento de muitos anos atrás. Eu estava pela primeira vez num avião, tendo a minha primeira experiência de voar. Lembro-me bem, porque foi depois que Deus me curou de uma terrível hepatite! Lá em cima com meu amigo, o piloto, rumávamos em direção a uma cidade no deserto no sul da Califórnia. Passamos por cima do Mojave e à nossa frente se levantava uma serra chamada “Chocolate Mountains” (“Montanhas de Chocolate”). Eram muito mais altas que nosso vôo, mas meu amigo simplesmente puxou uma alavanca (o avião era um “Tailorcraft” muito antigo). Logo só via apenas o céu e, depois de alguns minutos, ele voltou o avião ao horizontal e me disse, “Aqui você tem que alterar o Salmo 121 e dizer, ‘abaixarei os meus olhos para os montes…’”! Quando olhei, as montanhas já estavam abaixo de nós!
Foi sobre um monte que Jesus foi crucificado. E quando estamos unidos com Ele na sua morte e ressurreição é que surge a verdadeira fé. Deus também nos deu a cada um de nós uma alavanca. Ela se chama a fé, e é só com ela que sempre “saltamos sobre os montes!”

PR ANDERSON DEFABIO E PASTORA PRISCILA DEFABIO